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Lutador da UFC Minotouro “comemora” que rival não é Shogun

Cria da Brazilian Top Team, atleta da Team Nogueira brinca sobre enfrentar atleta estrangeiro em Curitiba: "Imagina, 45 mil, se estivesse lutando contra o Shogun"

Por Campelo Sousa

10/05/2016 às 11h26

Rogério Minotouro brincou sobre fato de não enfrentar Shogun em Curitiba (Foto: André Durão)

A rivalidade entre a Chute Boxe, de Curitiba, e a Brazilian Top Team (BTT), do Rio de Janeiro, marcou época no MMA na época do Pride. Neste sábado, no UFC 198, alguns atletas oriundos da equipe paranaense encabeçam o evento, como Fabricio Werdum, Anderson Silva e Mauricio Shogun. Porém, Rogério Minotouro, que fez seu nome na BTT, é um dos brasileiros escalados para o card. O atleta da Team Nogueira, que vem de revés justamente diante de Shogun, brincou ao comemorar o fato de não ter que enfrentar o compatriota. Na ocasião, ele enfrentará o americano Patrick Cummins.

– Curitiba, é engraçado, pois estive bastante lá, temos bastante fãs em Curitiba, é uma cidade que gosta muito de lutas e nunca tinha tido um evento como este. Curitiba é uma das melhores cidades do país, tem estrutura para tudo – transporte, hotel – é uma cidade bem organizada, um povo muito educado, e tem essa tradição da Chute Boxe x BTT. Os caras abriram portas para o esporte, com Wanderlei Silva, grande ídolo, Shogun, o próprio Anderson, apesar de ser paulista, morou a vida toda lá, a família é de lá, então são pessoas que cresceram o esporte lá. A cidade ama, respira esporte, e será minha primeira vez lutando lá, é uma honra e vou estar com a torcida ao meu lado desta vez. Imagina, 45 mil, se eu estivesse lutando contra o Shogun, a pressão seria maior! Ainda bem que botaram um gringo desta vez (risos) – disse Minotouro.

Apesar da relação amistosa com Shogun fora da luta, a rivalidade dentro do ringue ou do octógono foi grande. Nas duas vezes que se encontraram, Minotouro saiu derrotado por decisão unânime. A primeira, em 2005, no Pride, entrou para a história do MMA como um dos melhores confrontos da história. No ano passado, no UFC 190, no Rio de Janeiro, eles fizeram a revanche e novamente não decepcionaram o público, mas o atleta da Team Nogueira revelou que perdeu o sono por alguns dias com o novo revés.

– Incomodou bastante (a derrota para o Shogun), para falar a verdade. Eu fiquei pelo menos uns 15 dias sem dormir direito. Uma semana sem pregar o olho! Mas você também não pode querer mudar o que aconteceu. Na primeira semana fiquei pensando nisso, e me deu uma desmotivação muito grande para voltar a treinar, mas depois foi bola pra frente. Depois de uma semana voltei a treinar forte, vi que estava em grande fase, voltei a me motivar de novo, e nesse meio tempo tive uma lesão pequena nas costas de novo. Fiquei me tratando, e, em janeiro, voltei a treinar. Foi um tempo bom, cinco meses de treino intenso para poder voltar para esta luta. Mas realmente o Shogun foi uma pedra no sapato – admitiu.

Depois da derrota para Shogun, a segunda seguida, já que vinha de resultado negativo contra Anthony Johnson, Minotouro precisou tratar uma lesão na coluna, mas garante que já está recuperado e pretende lutar por mais dois anos pelo menos. Sem vencer desde 2013, quando bateu Rashad Evans por pontos, o brasileiro aposta que seu boxe e muay thai farão a diferença a seu favor diante de Cummins, e acredita que as joelhadas podem surpreender o americano, especialista em wrestling.

– Ajuda já saber que ele vem para tentar derrubar. Já venho lutando com wrestlers há muito tempo.Teve o Ryan Bader, Phil Davis, Tito Ortiz, Rashad Evans, são todos caras muito bons de wrestling, e isso me deu uma bagagem grande nos últimos quatro anos de treinamento em cima desse jogo. Acho que o Cummins lutou bem com o Glover. Na possibilidade dele, como um atleta que não é da trocação, não tem o mesmo boxe do Glover, não tem o histórico de nocautes, ele até fez uma luta boa na parte de trocação, aguentou bastante. O Glover castigou com o upper, foi uma luta que mostrou o que ele pode abrir na trocação. Mostrou também que ele tem a queda em dia, porque o Glover tem uma boa defesa e pouca gente o derrubou daquele jeito. Acho que só o Phil Davis conseguiu. É um cara que tem o wrestling afiado, mas o Glover também se levantou e mostrou que tem possibilidades de se levantar.

Mesmo caindo por baixo, não se frustrou, ficou tranquilo, voltou, e tudo isso foi frustrante para o Cummins, até que ele ficou preguiçoso, não conseguiu mais botar para baixo e teve que tomar porrada em pé. Como aconteceu comigo contra o Rashad. Teve uma hora que ele me derrubou, e me levantei rápido, não me frustrei. A possibilidade de fazer uma luta como a do Glover é grande, se ele aceitar a trocação. Se ele quiser entrar em queda, vamos ter que fazer bastante defesa – finalizou.

Sportv

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