Em operação contra fraude, Polícia vai à sede do Milan
64 pessoas, entre dirigentes, jogadores e atletas aposentados, são investigadas por evasão fiscal
A Itália amanheceu envolvida em mais um escândalo no futebol. Desta vez, não é a manipulação de resultados ou os episódios racistas e homofóbicos que aconteceram recentemente, mas sim, investigação por fraude fiscal.
O jornal “Gazzetta dello Sport” publicou que a Guarda Financeira, uma espécie de polícia dedicada exclusivamente aos crimes fiscais, iniciou uma operação nesta terça-feira em busca de documentos que possam provar algum delito. O primeiro lugar da investigação foi a sede do Milan.
O diretor esportivo do clube, Adriano Galliani, está entre os 64 suspeitos, ao lado de outros dirigentes como Aurelio de Laurentiis, presidente do Napoli, Jean Claud Blanc, ex-presidente da Juventus, e o mandatário da Lazio, Claudio Lotito. Além deles, o ex-jogador Hernan Crespo também estaria na lista de investigados, que somando as fraudes daria cerca de 12 milhões de euros (R$ 53,1 milhões).
De acordo com o jornal, tudo começou depois que promotores de Nápoles tiveram acesso ao contrato de transferência de Lavezzi para o PSG, em 2012. Eles suspeitam que 35 times, das séries A e B vêm fraudando contratos a fim de diminuir os impostos cobrados pelo governo italiano.
Um dos promotores, Vincenzo Piscitelli, explicou como funcionava o mecanismo que fraudou diversos contratos entre 2009 e 2013. Os clubes colocavam em seu balanço um valor destinado ao empresário Alessandro Moggi por supostos trabalhos de intermediação nas transferências. Porém, esse valor era fictício e possibilitava a evasão, fazendo com que as sociedades faturassem o valor destinado às taxas.
Band
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