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Convocação da Copa América deve confirmar 2ª chance a quem levou 7 a 1

A lista de Dunga deve ter quase a metade daquela escolhida por Luiz Felipe Scolari no ano passado

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05/05/2015 às 08h57

Copa América e o que a seleção vai enfrentar pela frente

Se cumprir o que promete e convocar a seleção sem surpresas, Dunga dará, nesta terça, uma segunda chance àqueles que participaram do maior vexame da história do futebol brasileiro. Na convocação para a Copa América, que ocorre a partir das 11h com acompanhamento do UOL Esporte, o "capitão do tetra" não deve fazer nenhuma revolução em relação ao time que levou 7 a 1 da Alemanha.

Dos 14 jogadores que entraram em campo naquela tarde no Mineirão (11 titulares mais os três substitutos), seis devem entrar na lista de Dunga: David Luiz, Fernandinho, Marcelo, Oscar, Luiz Gustavo e Willian. Além deles, Neymar, Thiago Silva e Jefferson devem estar na relação de 23 nomes que buscarão o título da Copa América no Chile, a partir de junho.

Esses "veteranos" formarão a base da seleção de Dunga, que resgatou selecionáveis esquecidos por Felipão (Miranda, Elias, Filipe Luís e Robinho) e incorporou novidades de seu gosto (Danilo, Marquinhos e Firmino).

Todos esses nomes foram figurinhas carimbadas desde que Dunga reassumiu a seleção. Estiveram na maior parte dos amistosos e foram elogiados pelo comandante, que já avisou que não levará nomes inéditos ao Chile. Se há dúvidas quanto à convocação, elas estão em outras posições, especialmente entre os reservas.

Neste cenário, o número de "veteranos" de 2014 impressiona. A lista de Dunga deve ter quase a metade daquela escolhida por Luiz Felipe Scolari no ano passado. A relação poderia ser ainda maior se Maicon, Hulk e Ramires não tivessem entrado em atrito com a comissão técnica. Depois do 7 a 1, não era absurdo pensar que a carreira das vítimas do massacre estivesse comprometida, ao menos na seleção. Dunga pensa o contrário.

"Cada um sente de uma forma, mas no geral todos têm grande vontade de resgatar e reescrever as histórias na seleção. Os jogadores sabem o compromisso que eles têm. É muito legal estar na seleção brasileira, mas vem um kit junto de cobrança. Todos sentiram muito e ainda sentem. A ferida está aberta ainda, mas a oportunidade é nossa e foi dada pela segunda vez", disse o técnico nos primeiros amistosos dessa sua passagem, contra Colômbia e Equador, nos EUA.

A história de superação e consagração é familiar ao treinador, apontado como símbolo da equipe que fracassou de maneira retumbante na Copa de 1990. Devidamente recuperado por Carlos Alberto Parreira, foi o capitão do tetra em 1994, em uma das maiores reviravoltas da história da seleção.

"O Dunga costuma passar para nós a sua história. Ele sofreu bastante, mas deu a volta por cima. Ele fala que o mesmo pode acontecer o mesmo com a gente e vem dando confiança para todos nós. E está acontecendo isso com a seleção nessas vitórias", disse Oscar antes do amistoso contra a Áustria, em Viena, no ano passado.

"Foi um cara que todo mundo cobrava, a culpa caiu nele em 1990. E em 1994 ele deu o título e levantou a taça como capitão ainda. Ele disse que a gente teria a oportunidade de dar a volta por cima, calar os críticos e deu certo. O futebol te dá a oportunidade de fazer diferente", completou Diego Tardelli, em entrevista ao Esporte Espetacular, da Rede Globo, após fazer dois gols no clássico contra a Argentina. 

Uol

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