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Justiça oficializa ‘queda’ de Rosilene e empossa interventores na FPF

Oficiais de justiça vão à sede da entidade para iniciar transição. Ex-presidente Rosilene Gomes não foi notificada, mas isto não impediu a posse dos sucessores

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05/04/2014 às 10h26

Rosilene Gomes a partir de agora é oficialmente ex-presidente da FPF/Foto:Amauri Aquino/GloboEsport

A Federação Paraibana de Futebol já está sob nova direção. Três oficiais de justiça da Paraíba foram na tarde desta sexta-feira até a sede da entidade e deram posse à Junta Administrativa nomeada pela juíza Renata Câmara (da 8ª vara Cível de João Pessoa), em substituição a Rosilene Gomes, agora oficialmente ex-presidente da FPF.
Segundo o oficial Holimar Medeiros da Costa, a entidade máxima do futebol paraibano fica a partir de agora sob as ordens dos interventores Ariano Wanderley, João Máximo Malheiros Feliciano e Eduardo Faustino Diniz, que terão 90 dias para concluir a transição. Destes, apenas os dois primeiros estavam presentes.
O oficial de justiça, inclusive, informou que a posse acontece independente de qualquer notificação da decisão à ex-presidente Rosilene Gomes, que até agora não foi encontrada.
– A posse é em obediência à decisão da Justiça da Paraíba. E pode acontecer independente de Rosilene Gomes ser notificada – declarou.
E os primeiros momentos dos novos dirigentes na sede da FPF mostraram que a transição não vai ser fácil. Por exemplo, eles tiveram que chamar um chaveiro para abrir a sala da presidência, que estava trancada, sem que nenhum funcionário da Federação tivesse chaves para abri-la. O chaveiro trocou a fechadura da porta e a sala agora será lacrada, com acesso restrito exclusivamente aos três interventores.
Depois, por precaução, a nova Junta Administrativa contratou uma empresa de segurança, que vai deixar um homem armado 24 horas por dia na porta da entidade. Está proibida a entrada e saída de qualquer documento da Federação Paraibana de Futebol sem a prévia ciência dos interventores.
Após a posse formal, os dois novos dirigentes mandaram reunir todos os funcionários da Federação Paraibana para uma reunião na recepção da entidade. E mais uma vez houve dificuldade, já que alguns disseram que não poderiam descer por estarem em meio a trabalhos.
Ainda presente à sede da entidade, o oficial de justiça lembrou que os interventores estavam na FPF por determinação da justiça paraibana, de forma que todos os funcionários a partir de agora estavam subordinados a eles. E ameaçou:
– O funcionário que descumprir as determinações dos interventores pode ser autuado na Justiça por crime de desobediência – resumiu.
E depois de algumas tentativas, a reunião começou. Com Ariano Wanderley deixando claro que a princípio a ordem é dar continuidade às ações da Federação Paraibana de Futebol:
– Estamos aqui para colaborar com a Justiça. Todos os funcionários podem ficar tranquilos porque não haverá perseguições. A rodada do final de semana está mantida e as coisas continuam de onde pararam. Paralelo a isto vamos dar início às investigações sobre a atual situação da FPF.
Entenda o caso
Rosilene Gomes foi afastada nesta quinta-feira do cargo de presidente da Federação Paraibana de Futebol por uma determinação da juíza Renata Câmara. A decisão foi baseada em uma Ação Cautelar de Exibição de Documentos, que foi transitada em julgado no Tribunal de Justiça da Paraíba, e que foi movida pelo Auto Esporte Clube.
Segundo a juíza, são claras as evidências “de que os clubes e ligas votantes no último pleito (da FPF) não estavam constituídos de forma regular ou mesmo de que, embora possivelmente constituídas com CNPJ e demais exigências legais, os seus supostos representantes legais não foram eleitos na forma estatutária”. 
A suspeita é de que ao menos 23 das 53 entidades que votaram no pleito, realizado em 23 de junho de 2010, e reelegeram a diretoria, estavam em situação irregular no dia do pleito, o que tornaria todo o processo eleitoral nulo. 

Fonte: Globo Esporte

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