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Petrúcio Ferreira projeta futuro correndo com atletas olímpicos: “Não descarto”

Campeão paralímpico e mundial na categoria T47, brasileiro é uma das estrelas do Desafio Gatlin Contra o Tempo, que acontece neste fim de semana no Jockey Clube, no Rio de Janeiro

Por Priscila Belmont

01/10/2017 às 13h33

(Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)

Uma das estrelas do Desafio Gatlin Contra o Tempo, Petrúcio Ferreira estará na prova mais acirrada do evento. A disputa dos 100m paralímpica neste domingo será uma reedição da final do Mundial Paralímpico de Londres e dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. O brasileiro lutará pela hegemonia da prova mais rápida do atletismo ao lado de Yohansson Nascimento e do polonês Michal Derus. Na competição internacional em agosto, o paraibano quebrou o recorde mundial dos 100m e dos 200m e melhorou a marca conquistada na Rio 2016 em cinco centésimos: 10,53s. O tempo alcançado já qualifica Petrúcio para correr com atletas olímpicos, algo que ele não descarta no futuro.

– Eu penso sobre isso. Quem sabe, de acordo com meu resultados. Graças ao meu treinador e a minha equipe venho melhorando, e quem sabe não consigo cada vez me aproximar mais dos resultados olímpicos. Para mim não é tão fácil, porque tem a questão do equilíbrio e isso me prejudica muito, mas não descarto a possibilidade de melhorar cada vez e um dia competir com os olímpicos.

Segundo o campeão mundial, os primeiros 40m são fundamentais em um prova de velocidade como a de 100m, e para competir contra os atletas olímpicos, será necessário muito treino e uma melhora expressiva na largada – justamente o momento que Petrúcio tem mais dificuldade. O fato de ter apenas uma mão prejudica seu equilíbrio, o que complica o momento inicial da prova, e para resolver este problema, os atletas trabalham o abdômen e centralizam a força no meio do corpo.

– Venho me preparando diariamente nos treinamentos para melhorar justamente a parte que mais erro na prova, que são os primeiros 40m. Sabemos que desse pequeno detalhe. Precisamos trabalhar bem o centro do atleta, o abdômen, para centralizar a força e não compensar para um lado e nem para o outro – explicou.

Dono da melhor marca nos 100m, Jason Smyth é considerado o atleta paralímpico mais rápido de todos os tempos. O irlandês compete na categoria T13 (baixa visão), enquanto Petrúcio corre na T47 (deficiência em membro superior). Mais uma vez a questão do equilíbrio é um obstáculo para o brasileiro, que persegue a melhor marca do adversário e não perde a esperança de ultrapassar Samyth no ranking mundial.

– Estamos brigando para ser o maior atleta paralímpico. O melhor tempo é dele, nos 100m e nos 200m. Estou treinando e batalhando para me aproximar e passar dessa marca. Nos Jogos do Rio, eu fiquei de olho nos resultados dele para saber como ele iria se sair. Na competição fiz um ótimo resultado e também no Mundial de Londres, mas não igualei a melhor marca dele ainda. Tô nessa peleja aí.

O atleta de apenas 20 anos fará aniversário no dia 18 de novembro. Sem férias desde que terminou a competição mundial em Londres, Petrúcio não vê a hora de descansar. Natural de São José do Brejo do Cruz, cidade no interior da Paraíba, o campeão já tem o destino certo para relaxar e comemorar a data especial.

Globo Esporte PB

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