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FPF julga drástica a operação que investiga possível corrupção do futebol da Paraíba

Diretor jurídico da entidade, Marcos Souto Maior Filho emite nota que ressalta a abertura espontânea dos sigilos bancários, telefônicos e fiscais da instituição e do presidente Amadeu

Por Globo Esporte PB

10/04/2018 às 10h50

Marcos Souto Maior Filho é diretor jurídico da Federação Paraibana de Futebol (Foto: Cisco Nobre/GloboEsporte.com)

Após a bomba divulgada na manhã da última segunda-feira, com a Polícia Civil e o Ministério Público investigando um possível esquema de corrupção no futebol da Paraíba, a Federação Paraibana de Futebol (FPF) se manifestou sobre a Operação Cartola. Em nota emitida pelo diretor jurídico da FPF, Marcos Souto Maior Filho, a entidade considera drástica a posição dos investigadores, tendo em vista que a instituição abriu de forma espontânea os sigilos bancários, telefônicos e fiscais antes mesmo de a operação ser revelada.

Além disso, Marcos Souto reitera que Federação Paraibana de Futebol, o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB) e a Comissão Estadual de Arbitragem do Futebol da Paraíba (Ceaf-PB) são órgãos autônomos. Com isso, a FPF não possui qualquer responsabilidade sobre as demais instituições.

Inclusive, no documento, o diretor jurídico ressalta que a escala de arbitragem, divulgada pela FPF antes de cada rodada do Campeonato Paraibano, não é escolhida pela entidade e sim sorteada publicamente.

Por fim, Marcos Souto Maior Filho afirma que o futebol paraibano vem passando por uma modificação completa desde que Amadeu Rodrigues assumiu a presidência e que, como uma entidade, todos estão à disposição da Justiça para o desenrolar da investigação.

Ao final da nota, a FPF apresenta o documento assinado por Marcos Souto Maior Filho, no qual Amadeu Rodrigues, o presidente da Federação, concede a abertura dos seus sigilos bancários.

Dias antes da operação ser divulgada, Amadeu Rodrigues concedeu os sigilos bancários vinculados a FPF (Foto: Divulgação/FPF)

A operação
O futebol paraibano amanheceu nesta segunda-feira sob uma intensa investigação da Polícia Civil e do Ministério Público. A Operação Cartola cumpriu 39 mandados de busca e apreensão na Federação Paraibana de Futebol e nos principais clubes do estado, investigando uma possível manipulação de resultados nos campeonatos estaduais, inclusive no deste ano. A ex-presidente Rosilene Gomes, o presidente Amadeu Rodrigues e dirigentes de Botafogo-PB, Campinense e Treze estão entre os principais alvos da operação.

Confira a nota divulgada pela FPF sobre a Operação Cartola:
A Federação Paraibana de Futebol, através de seu presidente Amadeu Rodrigues da Silva Junior, considerando as notícias publicadas acerca da OPERAÇÃO CARTOLA realizada pela Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa e Grupo de Atenção Especial contra o Crime Organizado através da 4ª Vara Criminal de João Pessoa (PB), vem ao público, aos desportistas, filiados e demais interessados informar o que se segue.

Inicialmente, destaque-se que, dado o sigilo da operação, todo o corpo de dirigentes e funcionários da Federação Paraibana de Futebol foi surpreendido com a atitude drástica realizada, posto que o corpo jurídico disponibilizou antecipadamente (Março/18) e de forma espontânea a abertura dos sigilos bancários, telefônicos e fiscais, não só da FPF (PB), como também de seu presidente, demonstrando a completa tranquilidade e apoio às investigações.

Outrossim, talvez por desconhecimento do organograma funcional do futebol paraibano e a mudança de rumo na gestão da FPF (PB), as informações passam a sensação de que todos os órgãos investigados são elementos de uma mesma instituição.

Mister esclarecer que a Federação Paraibana de Futebol e o Tribunal de Justiça Desportiva são órgãos autônomos, assim como a Comissão de Arbitragem (CEAF), inexistindo qualquer ingerência por parte do Presidente da FPF (PB) nas instituições citadas. Ao inverso, é da praxe da nova administração a completa isenção e apoio a autonomia dos participes do nosso futebol.

Ato contínuo, pontue-se que a partir da nova administração os árbitros não são escolhidos, mas sorteados publicamente, antes das rodadas, com transmissão ao vivo pelo Facebook e a abertura para a imprensa e os desportistas presenciarem no local.

Ademais, no que concerne à prestação de contas e demais atos de gestão da FPF (PB), apesar de ser entidade privada sem recebimento de verbas públicas entre 2015 a 2017, período da atual administração, sempre prezou pelo respeito aos princípios da administração, tais como publicidade, eficiência, legalidade, impessoalidade e moralidade.

Após mais de duas décadas da gestão anterior, faz-se necessária uma modificação completa da cultura e dos caminhos outrora seguidos pela Federação Paraibana de Futebol.

Não se olvida ser um percurso doloroso e difícil, mas abraçado como causa justificadora maior do trabalho realizado com afinco e apreço, colocando-se à disposição de seus filiados e principalmente da Justiça, confiando na solução célere para que os problemas da gestão anterior tornem-se, de uma vez por todas, águas passadas, e o futebol paraibano alcance o lugar de destaque desejado por todos nós.

Marcos Souto Maior Filho
Diretor Jurídico da Federação Paraibana de Futebol

Fonte: Globo Esporte PB - https://globoesporte.globo.com/pb/noticia/fpf-julga-drastica-a-operacao-que-investiga-possivel-corrupcao-do-futebol-da-paraiba.ghtml

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