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Análise: Vasco enfrenta limitações, busca alternativas, mas entrega pouco até quando joga bem

Marcos Valadares vê bom primeiro tempo e jogadas coordenadas contra Corinthians, mas empate deixa realidade exposta em mais um ano de luta contra rebaixamento

Por Por Raphael Zarko — Manaus

05/05/2019 às 10h31 • atualizado em 05/05/2019 às 10h32

No campo de ataque, time de Valadares fez boas jogadas pelos lados do campo - principalmente pelo lado direito — Foto: Raphael Zarko

O Vasco está no meio da tabela entre os clubes que têm mais gastos com salários em regime de CLT – são R$ 3 milhões sem levar em conta acordos de direitos de imagem, que podem acrescer 40% a mais de custos aos clubes. O levantamento é do blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, no “Uol”, e leva o torcedor a olhar a tabela do Brasileiro.

Em três rodadas, são nove pontos disputados, apenas um conquistado – em mais um prenúncio de ano de ameaça de rebaixamento, fantasma que assombrou três vezes os vascaínos desde a inédita queda em 2008. Era para tanto com orçamento bem maior que, pelo menos, metade dos adversários da Série A?

A resposta não está no empate de 1 a 1 com o Corinthians na Arena Amazônia. O Vasco do interino Marcos Valadares – por sinal, a diretoria ainda sustenta que “para contratar uma aposta, melhor deixar o Marquinhos” – até fez boa partida, se levar em consideração a construção de jogadas, a organização do time, que pouco sofreu na partida – Sidão, o estreante da tarde quente de Manaus, não fez uma grande defesa -, mas não venceu e só tem um ponto.

Erros de Luiz Gustavo e Winck

Foi possível ver um pouco de organização, paciência e troca de passes no Vasco no primeiro tempo contra o Corinthians. Se saiu atrás em consequência de erro na saída de bola de Luiz Gustavo – e a frouxa marcação atrás de Mateus Vital, que entrou na área e finalizou depois de passar por dois (Winck foi fintado duas vezes) -, o time de Marcos Valadares conseguiu se aprumar de novo e procurou espaço para empatar.

Com Yan Sassé de um lado, Rossi do outro, Pikachu e Raul pelo meio, os quatro sincronizavam avanços e recuos para abrir o corredor em passes longos. Deu certo em algumas oportunidades no primeiro tempo. O problema era que o time de Fabio Carille fechava as portas da área e o cruzamento, invariavelmente, era travado. Com 30 mil pessoas na Arena da Amazônia e maioria vascaína, o time mandante marcou em cima a zaga corintiana e até conseguiu algumas roubadas de bola no campo de ataque.

O gol de empate saiu após o Vasco tentar duas vezes pela direita, com Winck, Rossi e Pikachu, que deu ótima bola para Rossi, derrubado por Carlos Augusto. Depois do VAR, Maxi bateu e fez o segundo gol dele no Brasileiro – já havia marcado contra o Atlético-MG, na derrota por 2 a 1 em São Januário.

Um time dependente do “e se…”

Rossi fez boa partida. O ponta direita não sossega. Tenta ir para cima em todas as jogadas. Não dosa energia, não cadencia. Talvez por isso sofra com lesões musculares e tenha saído na metade do segundo tempo. O Vasco planejava que ele só atuaria de 45 a 60 minutos. Valdivia entrou e mais uma vez – no seu segundo jogo depois de longo tempo de inatividade, é verdade – não conseguiu achar bom passe, driblar ou finalizar bem.

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