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Festa no Maracanã: 137 rodadas depois, Fla bate Cruzeiro e volta ao G-4

Apesar de o Cruzeiro ainda dominar a partida, o Flamengo conseguiu achar mais brechas recuando o time

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11/09/2015 às 07h10

Foram necessários quase quatro anos ou 137 rodadas de espera. Mas o Flamengo, enfim, está de volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Se faltaram jogadores em campo – eram cinco desfalques – sobrou sintonia com a arquibancada. Pobre do Cruzeiro. Em noite de comunhão de torcida e time, os rubro-negros venceram por 2 a 0, gols de Alan Patrick e Luiz Antonio, chegaram a 38 pontos e assumiram a quarta posição, com uma vitória a mais do que o São Paulo. Foi a quinta vitória seguida no Flamengo, líder do returno com 100% de aproveitamento. 

O cruzeiro, por sua vez, permaneceu com 28 pontos e teve sua reação freada. Continua em 13º lugar. Oswaldo de Oliveira estava sem Everton, Canteros e Márcio Araújo, suspensos, Ederson, ainda em recuperação de lesão, Guerrero, que estava na seleção peruana.

Na próxima rodada, o Flamengo vai até a Arena Condá, em Chapecó, enfrentar a Chapecoense, no domingo, às 16h. Nos mesmo dia e horário, o Cruzeiro tem pela frente o clássico contra o vice-líder Atlético-MG, no Mineirão.

Lidar com a pressão de voltar ao G-4 após quatro anos era difícil, mas os seis desfalques no time titular eram obstáculo ainda mais árduo. Por isso, o time não se encontrou na primeira metade do jogo. Jonas e Luiz Antonio, os novatos no meio de campo, não conseguiam dar fluidez aos passes. Alan Patrick ficava sozinho. Sorte do Cruzeiro, que, organizado, se aproveitou.

De cara, o time celeste deu dois botes em Jonas e arrumou contra-ataques perigosos, com as descidas de Allano e Willian. Aos 13 minutos, Paulo Victor fez defesa impressionante após cabeçada de Pauo André em cobrança de escanteio. Bola rasteira, no canto esquerdo, e ele pegou. Depois, a zaga afastou. Aos 20 minutos, lance polêmico. WWillian cruzou bola na área rubro-negra, Samir e Paulo André disputavam bola e o zagueiro do Flamengo agarrou o cruzeirense. O árbitro ignorou pedidos de penalidade e mandou a partida seguir.

O Cruzeiro continuava superior, buscava pressionar o Flamengo em busca de erros. O time da casa tinha dificuldade. Kayke buscava sair da área, mas não recebia bolas. Sheik corria, lutava, mas também errava até domínio. A noite não parecia ser boa. Não bastassem os inúmeros desfalques, Wallace sentiu dores na coxa esquerda e, aos 31 minutos, acabou substituído por César Martins.

Apesar de o Cruzeiro ainda dominar a partida, o Flamengo conseguiu achar mais brechas recuando o time. Alan Patrick voltava ao campo de defesa para buscar a bola, trabalhar com Jorge e Sheik. Kayke saía da área, buscava jogo, algum espaço. Paulinho estava em noite difícil. Mas a torcida gritava, apoiava o time. E o espaço veio aos 45 minutos.

Kayke pegou bola na frente da área e tocou para Jonas, mais recuado. O volante acionou Alan Patrick na esquerda. O meia ameaçou o chute na entrada da área, pisou na bola e rolou para Jorge, que passou como uma bala pela ponta. O lateral cruzou para trás e Alan Patrick, de surpresa, emendou o chute de primeira, que desviou levemente na zaga e morreu no fundo da rede de Fábio. 1 a 0. O Maracanã explodiu, comemorou e nem mesmo ouviu o árbitro encerrar o primeiro tempo com vantagem rubro-negra.

Na segunda etapa, o enredo começou de forma parecida com a metade inicial. Cruzeiro pressionando, Flamengo apelando para chutões e um tanto quanto enrolado no meio de campo. Mas, desta vez, o time mineiro não ofereceu perigo real na grande área. Com o passar do tempo, o Flamengo se soltou com mais tranquilidade. Alan Patrick, sempre ele, voltava para trocar passes com Sheik. Os cariocas agrediam mais o Cruzeiro.

Aos 20 minutos, Sheik pediu para sair após mancar muito e sentir dores na perna direita. Marcelo Cirino entrou me seu lugar. Paulinho na esquerda, Cirino na direita, Kayke no meio e Alan Patrick mais atrás. Com a sintonia da arquibancada, o Flamengo partiu para cima do Cruzeiro. Em cobrança de escanteio aos 24 minutos, a zaga do time mineiro rebateu para frente da área e Luiz Antonio emendou de primeira, no fundo da rede. Golaço. 2 a 0.

A partir daí virou festa na arquibancada. Depois de 137 rodadas o Flamengo estava de volta ao G-4. Alegre, a torcida fazia o caldeirão borbulhar com felicidade. Nem percebia quando Paulo Victor dava toquinho de mão para tirar a bola de Vinicius Araújo e afastar qualquer perigo de gol. Alan Patrick tentava elástico pela esquerda, levantava corpos na arquibancada. "Festa na favela", ela, a arquibancada, respondia.

O Cruzeiro, então, desistiu. Entendeu, na dura dor da bola, que era noite de festa rubro-negra mais uma vez no Maracanã. Kayke, no fim, bateu colocado e quase ampliou a festa. Mas tudo era aplauso. Tudo era comemoração. 137 rodadas depois, cinco vitórias seguidas, 100% no returno, lá está o Flamengo de novo no G-4. 

MSN

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