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Em meio a discussões sobre racismo, Hulk é retirado do sorteio das Eliminatórias na Rússia

Fifa alegou que compromissos com a equipe do Zenit tiraram brasileiro do evento

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24/07/2015 às 12h56

Hulk, do Zenit, já sofreu ofensas racistas de torcedores e até de um árbitro na Rússia (Mike Kir

O atacante brasileiro Hulk não vai mais participar do sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, neste sábado, em São Petersburgo. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a Fifa anunciou que Hulk foi dispensado do evento por compromissos com seu clube, o Zenit, da mesma cidade, e será substituído na cerimônia pelo ex-capitão da seleção russa, Alexey Smertin. Jornais europeus, no entanto, relacionam a saída de Hulk com as cada vez mais frequentes discussões sobre racismo na Rússia.

No início da semana, Hulk comentou sobre o preconceito no futebol russo. "É uma vergonha. Acontece em quase todas as partidas na Rússia e se isso ocorrer durante a Copa do Mundo será realmente revoltante e triste". Um dia depois, foi escolhido como um dos participantes do sorteio, assim como o camaronês Samuel Eto'o, outro que sofreu com manifestações racistas na Rússia quando atuou pelo Anzhi.

Alguns jornais, como os ingleses Daily Mirror e The Telegraph relacionam a dispensa de Hulk do sorteio às suas críticas aos torcedores racistas. Porém, de fato, sua equipe tem compromissos no Campeonato Russo: no domingo, o campeão Zenit visita o Ural, em Ecaterimburgo, a mais de 2.000 quilômetros de São Petersburgo – uma viagem de avião levaria cerca de três horas.

O comportamento racista no futebol russo voltou a ser tema de discussão neste fim de semana, depois que o ganês Emmanuel Frimpong, do FC UFA, foi expulso e suspenso por reagir com gestos obscenos direcionados aos torcedores que imitavam sons de macaco a cada toque de bola seu. Nesta quinta, a Fifa cobrou explicações da federação russa sobre a punição ao jogador.

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