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E agora, o que acontece? Com votos em xeque, eleição do Vasco vai parar na Justiça

"Urna da discórdia" deixou São Januário lacrada levada por policiais para ser analisada em juízo. Eurico não vê chance de reviravolta, e Julio Brant afirma que se considera o presidente vascaíno

Por Priscila Belmont

08/11/2017 às 09h42

Eurico Miranda comemora vitória nas urnas (Foto: André Durão)

A chapa de Eurico Miranda, “Reconstruindo o Vasco”, foi proclamada vencedora nas urnas no início da madrugada desta quarta-feira, com 2.111 votos, contra 1.975 de Julio Brant e 421 de Fernando Horta, que abriu mão às 16h para apoiar Brant. Mas o pleito cruz-maltino vai parar na justiça novamente, já que a oposição promete lutar para anular os 475 votos da urna 7, que foi isolada e lacrada para ser analisada posteriormente em juízo.

Sem os votos da “urna da discórdia”, Brant seria o vencedor com 1.935 votos, e Eurico o segundo com 1.683. Por isso, a chapa de Brant também comemorou. A expectativa de pessoas próximas ao atual mandatário é de que o processo seja longo. Presidente da Assembleia Geral, Itamar Ribeiro de Carvalho disse que não acredita em mudança do resultado na justiça, já que não vê irregularidades nos sócios que votaram na urna 7.

No dia 30 de outubro, a juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, decidiu que 691 sócios votariam em uma urna separada (apenas 475 compareceram na votação). Elas entraram no quadro social entre novembro e dezembro de 2015, limite para estarem aptas ao voto e, de acordo com a oposição, não houve comprovação de pagamento. Como não houve tempo hábil para a apuração junto ao clube, a juíza tomou esta atitude.

A atual diretoria do Vasco, então, entrou com um pedido de efeito suspensivo, e, na véspera da eleição, ele foi parcialmente atendido pela desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que determinou: “No caso de a chapa vencedora ter margem de votos inferior aos colhidos na urna em separado, a mesma deverá ser lacrada e entregue ao responsável nomeado por este Juízo”. E assim será feito. A urna deixou o ginásio de São Januário carregada por policiais.

O que diz Eurico Miranda?

– Não vejo risco algum. Ser anulado por quê? O sócio vem, vota e depois tem voto anulado? O resultado está proclamado. Lugar de chorar é na praia, que é lugar quente.

O que diz Julio Brant?

– Nossa chapa não assinou o resultado. Vamos tomar as medidas para recorrer do resultado. A situação foi tão bizarra que a Justiça vai decidir muito rápido. Todas as urnas foram parelhas. Só uma teve mais de 90% de votos para um candidato. Vai ser uma decisão fácil da Justiça, que vai anular aqueles votos e o Vasco seguirá vida nova. Me considero presidente do Vasco – disse.

Eleição no Conselho Deliberativo, o passo seguinte

A vitoriosa chapa de Eurico Miranda vai indicar 120 nomes para o Conselho Deliberativo, e a de Brant, 30. Eles se juntam aos 150 conselheiros natos para votarem quem será o presidente do Vasco no próximo triênio. Ainda não há data confirmada para isto acontecer, mas é possível que só seja realizada em janeiro. Historicamente o resultado da urna se repete no Conselho.

Globo Esporte

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