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Após duas mortes, Prefeitura de São Paulo suspende corridas de moto no autódromo de Interlagos

Após acidentes fatais em Interlagos em etapas consecutivas no Superbike Brasil, Prefeitura proíbe corridas de moto e aguarda garantias de segurança dos organizadores do evento

Por Anselmo Caparica e Erica Hideshima

29/05/2019 às 14h56

Após acidentes fatais em Interlagos em etapas consecutivas no Superbike Brasil, Prefeitura proíbe corridas de moto e aguarda garantias de segurança dos organizadores do evento

A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender todas as competições de moto no autódromo de Interlagos pelos próximos 60 dias. A medida foi tomada após a quarta morte de um piloto no circuito nos últimos três anos, sempre pelo SuperBike Brasil.

Ainda na manhã desta quarta-feira, categoria informou, via nota oficial, que a quarta etapa da competição, marcada para 16 de junho, está adiada.

Segue nota oficial da Prefeitura de São Paulo:

“A Prefeitura de São Paulo informa que, por conta do último e lamentável episódio ocorrido no Autódromo de Interlagos, no dia 26 de maio, que resultou na morte do piloto Danilo Berto, decidiu suspender preventivamente, por 60 dias, todos os eventos de motociclismo naquele local. Só serão permitidos eventos de passeio, com velocidade controlada e sem caráter competitivo.

A suspensão será mantida até que os promotores e organizadores dos eventos apresentem novas garantias de segurança, como vistorias em equipamentos e motos, certificação dos pilotos, medidas de resgates e relatório de bafômetro, entre outras exigências.

Após a fatalidade ocorrida anteriormente, no dia 14 de abril, o Autódromo já havia exigido dos organizadores – além das obrigações prévias de segurança, previstas no contrato e no padrão Federação Internacional de Motociclismo (FIM) – um Atestado de Responsabilidade Técnica (ART) assinado por um engenheiro responsável, avaliando a segurança da pista para cada prova.

Vale destacar que o Autódromo de Interlagos já recebeu, nos últimos 10 anos, cerca de 18 mil competidores e participantes dos eventos de motociclismo, num total de 300 etapas realizadas em 761 dias.”

Das quatro fábricas de motos envolvidas na competição, três suspenderam o apoio até que novas medidas de segurança sejam providenciadas pelo organizador do evento. Honda, Yahama e Kawasaki se retiraram da competição, restando apenas na BMW.

A última vítima foi Danilo Berto, de 35 anos, que competia na Superbike Extreme, que conta com motos de aproximadamente 200 cavalos. O piloto se acidentou no Pinheirinho durante o treino de aquecimento. De acordo com o chefe da equipe de Berto, em uma freada mais forte, a moto acabou lançando o competidor por cima da barreira de ar e o corpo caiu já fora do traçado.

Além de da morte de Maurício Paludete e Danilo Berto, Rogério Munera também morreu após acidente no do S do Senna. Já em 2017, Sérgio dos Santos faleceu no hospital após bater no muro de proteção de pneus, na Curva do Sol. No mesmo ano, em Goiânia a vítima fatal foi João Carlos Sobreira.

Fonte: Anselmo Caparica e Erica Hideshima - https://globoesporte.globo.com/motor/motovelocidade/noticia/prefeitura-de-sao-paulo-suspende-temporariamente-corridas-de-moto-no-autodromo-de-interlagos.ghtml

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