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México vence sauditas, mas perde vaga às oitavas no saldo de gols

É primeira vez que seleção tricolor fica fora do mata-mata desde 1978

Por Agência Brasil

01/12/2022 às 08h39

Foto: Reprodução / Agência Brasil / MATTHEW CHILDS

O México venceu pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar, mas está fora da briga do título.

Nesta quarta-feira (30), a seleção norte-americana bateu a Arábia Saudita por 2 a 1 no Estádio de Lusail.

O triunfo, porém, foi insuficiente.

A equipe tricolor encerrou o Grupo C na terceira posição, com a mesma pontuação da Polônia, segunda colocada, ficando atrás pelo saldo de gols.

Os asiáticos, com três pontos, ficaram com a lanterna.

A vitória da Argentina sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, permitiria aos mexicanos se classificarem com uma vitória por três gols de diferença.

Um triunfo por 2 a 0 – como apontou o placar em Lusail em quase toda a segunda etapa – levaria a decisão da segunda vaga para o critério do número de amarelos, que colocaria os poloneses na segunda posição por terem três cartões a menos.

O gol saudita, marcado nos acréscimos, foi uma ducha de água fria.

É a primeira vez, desde 1978, que o México não passa da primeira fase em uma Copa.

Após estrear com uma vitória histórica sobre a Argentina, por 2 a 1, de virada, a Arábia Saudita ficou pelo caminho e repetiu o roteiro das quatro participações anteriores, entre 1998 e 2006 e 2018, quando caiu na fase de grupos.

Os sauditas avançaram ao mata-mata apenas em 1994, na estreia do país em Mundiais, parando nas oitavas de final.

O argentino Gerardo Martino, técnico do México, voltou atrás em boa parte das mudanças feitas contra a Argentina (que terminou em derrota por 2 a 0) e reeditou a base da equipe que empatou sem gols com a Polônia, na estreia.

O lateral Jorge Sánchez, o volante Edson Álvarez e o atacante Henry Martín retornaram ao time, escalado com três homens de frente.

O único desfalque foi o volante Andrés Guardado, capitão mexicano, com uma lesão muscular.

Na seleção saudita, o francês Hervé Renard também mexeu no time que perdeu por 2 a 0 da Polônia.

Em alguns casos, as trocas foram necessárias.

Na defesa, Sultan Al-Ghanam e Ali Al-Bulayhi (na vaga do lesionado Mohammed Al-Burayk) assumiram as laterais, com Hassan Al-Tambakti na zaga (o meia Sami Al-Naji iniciou no banco) e Saud Abdulhamid (lateral nos jogos anteriores) escalado como volante.

Ainda no meio-campo, o suspenso Abdulelah Al-Malki foi substituído por Ali Al-Hassan.

A necessidade de uma vitória com bom saldo de gols fez o México ter o comando das ações ofensivas no primeiro tempo.

Aos dois minutos, Hirving Lozano espetou a bola no meio da zaga saudita e Alexis Vega, na frente de Mohammed Al-Owais, bateu em cima do goleiro.

A resposta asiática veio cinco minutos depois, em contra-ataque pela esquerda e cruzamento para o Mohamed Kanno, livre na direita, quase na pequena área, bater de primeira, por cima do gol.

O volante assustou novamente aos 12, em cobrança de falta da meia-lua, rente ao travessão.

Os mexicanos rondavam a área asiática, mas com dificuldades para entrar nela.

Os chutes da intermediária e as bolas alçadas foram alternativa, sem sucesso.

Em uma delas, aos 26 minutos, Lozano cruzou pela direita para cabeçada do meia Orbelin Pineda, no contrapé de Al-Owais, que Al-Ghanam salvou quase em cima da linha.

Recuada, a Arábia só conseguiu encaixar um contra-ataque nos acréscimos, pouco antes do intervalo, em cruzamento de Al-Ghanam pela direita e “peixinho” de Al-Hassan, que foi à direita do gol de Guillermo Ochoa.

A insistência norte-americana foi premiada no segundo tempo.

Aos dois minutos, após escanteio batido pela esquerda, o zagueiro Cesar Montes desviou na primeira trave e Martín, na pequena área, mandou para as redes.

Quatro minutos depois, o volante Luis Chávez, cobrando falta no ângulo, aumentou a vantagem tricolor.

O terceiro teria saído aos dez minutos, com Lozano, mas a arbitragem deu impedimento de Martín e anulou o gol.

A possibilidade de classificação empolgou os mexicanos, que martelaram atrás do gol salvador.

Martín e Pineda falharam por pouco na pontaria, enquanto Chávez e Lozano pararam em Al-Owais.

Aos 41, Uriel Antuna balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento do atacante. Nos acréscimos, o drama tricolor deu lugar à decepção.

Na única investida saudita no segundo tempo, o atacante Salem Al-Dawsari tabelou na entrada da área e finalizou na saída de Ochoa, para delírio da torcida polonesa, que aguardava, desesperada, o término da partida, após a derrota para a Argentina.

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